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Poema para um amor (III)


Quero amá-la na janela
para verem como é belo
seu sexo no meu.
Quero tocá-la de mansinho
num cantinho, para sentir
seu corpo derretendo em mim.

Quero a boca em minhas pernas
tornando a carne trêmula
Subindo a língua nos lábios molhados.
Unhas vermelhas no tecido branco que cobre o sexo.

Membros erguidos.
Suores, sentidos em sentido horizontal.
A chuva batendo no vidro
no fim do corredor estreito.
As marcas no pulso
o fluxo sanguíneo e a pulsação.

Quero que pulse,
vibre,
dance uma melodia dentro de mim.

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