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Há mar Lúcia

Era fato que não amava Lúcia,
mas apenas seu sorriso prendia-me em 
pensamento.
Outrora me disse que no mar os pássaros eram assassinos ferozes.
Era comum vê-la a contar do alto das falésias
os peixes perdendo-se 
dos cardumes e pondo-se a voar,
faziam-no sem asas.

Ela quando via o horizonte cismava em deixar soltos os fios e os pés.
Pedia-me que citasse Byron e acompanhasse em um vinho.
Era sábio recusar, mas me fazia disponível à todos os seus convites.

(M.B.)

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