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Poema para um amor qualquer

E eu desejei amar-te uma vez, por vezes infinitas 
O gosto, o rosto, o gozo
A mão que acalenta
A pele que queima
Lembranças que teimam em cingir minha cabeça.
Não fujas de mim, tu és o que dá sentido aos versos.

E ao passo que o tempo passa,

sinto a necessidade de ver passar seus passos pela rua.

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